A alegria é o sofrimento amoroso, o sofrimento espiritualizado.
A dor é a escada de fogo que nos conduz à vida eterna.
A dor eleva, a dor exalta, a dor diviniza.
A escola é a única alavanca capaz de elevar o povo ao nível da moral.
A felicidade consiste em três pontos: trabalho, paz e saúde.
A humanidade é a vitória dos arrogantes sobre os humildes, dos fortes sobre os débeis, da besta sobre o anjo.
A obra dos homens é a porção de Deus que derramaram.
A verdade não conhece perífrases; a justiça não admite reticências.
A vida é um calvário. Sobe-se ao amor pela dor, à redenção pelo sofrimento.
Na alma da maioria dos homens grunhe ainda, baixo e voraz, o focinho do porco.
Nas almas medíocres e superficiais actua sobretudo a realidade transitória das linhas e dos sons, das formas e das cores. As naturezas elevadas, ao contrário, são sempre objectivas e metafísicas.
O filósofo observa e medita. É um espelho que pensa.
O homem é um resumo ideal da natureza. Andou o infinito e lembra-se; andará o infinito e já o sonha.
O problema da morte é, no fundo, o problema da vida.
O progresso marca-o a distância do salto do tigre, que é de dez metros, ao curso da bala, que é de vinte quilómetros. A fera, a dez passos, perturba-nos; o homem é a fera dilatada.
O sorriso que ofereceres, a ti voltará outra vez.
Quando a alma, ao termo de mil hesitações e desenganos, cravou as raízes para sempre num ideal de amor e de verdade, podem calcá-la e torturá-la, podem-na ferir e ensanguentar, que quanto mais a calcam, mais ela penetra no seio ardente que deseja.
Quem fraterniza com a dor, comunga no grémio de Deus.
Se nos amesquinharem a fama e cercearem a glória, desviando de nós as multidões, que não pensam e vão para onde as levam, melhor. Os que nos querem, os que nos amam, os que nos entendem, ficarão connosco. Os outros, deixando-nos, prestam-nos favor.
Toda a alegria vem do amor, e todo o amor inclui o sofrimento.
Uma literatura dá a medida de uma sociedade. É um axioma de crítica.
Uma víbora envenena um homem, mas um homem sozinho arrasa uma capital. Os grandes monstros não chegam verdadeiramente na época secundária; aparecem na última, com o homem. Ao pé de um Napoleão, um megalossauro é uma formiga.